quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Kelps Lima: “O grande vetor capaz de provocar mudanças no quadro político estadual é o povo”

“É preciso acabar com essa prática de que, para ser candidato a governador do Rio Grande do Norte, o político deve participar de procissão, nascer em família de sobrenome tradicional ou pertencer ao partido verde ou vermelho”. A afirmação é do deputado estadual Kelps Lima, que há um ano e dois meses no cargo tem elaborado projetos de lei que tentam moralizar a administração pública.

Para ele, o grande vetor capaz de provocar mudanças no quadro político estadual é o povo. “Se não partir do povo esse desejo de mudança, continuaremos como estamos por muitos anos, mas a mudança já começou, basta analisarmos que em Natal, somente uma candidata teve dez por cento dos votos, numa nítida forma de protesto dos eleitores”, analisa Kelps, se referindo à vereadora Amanda Gurgel, que obteve mais de 32 mil votos na eleição de 2012, após defender sua categoria, de professores, durante pronunciamento que fez na Assembleia Legislativa.

O deputado Kelps Lima tem sido citado, principalmente nas redes sociais da internet, como provável candidato a governador este ano. Por enquanto, ele prefere não falar em alianças, acordos políticos. “Há pontos muito mais importantes a seres tratados pela classe política, mas o que a gente vê é a maioria absoluta só falando de alianças, de quem será candidato, de quem vai apoio fulano e isso é ruim para o desenvolvimento do Estado. Acredito que as definições só serão em junho. Se for o caso, não vejo nenhum impedimento de meu nome ser lançado como candidato, mas disso eu só falo na época certa”, disse.

Ao chegar à Assembleia Legislativa, Kelps Lima disse que teve uma agradável surpresa, que é a liberdade que o presidente da Casa, Ricardo Motta, dá aos parlamentares, agilizando o andamento dos projetos, não atrapalhando as atividades. “Preciso fazer justiça ao presidente Ricardo Motta, mas esperava mais debates de ideias aqui na Assembleia. Aqui se debate sobre diversos temas, mas os debates das ideias não são aprofundados. Eu gostaria muitos de ver minhas ideais sendo debatidas, questionadas, criticadas, até como forma de serem aprimoradas, como também eu gostaria muito de debater projetos de outros deputados, mas falta esse debate”, lamenta.

Diante do quadro em que se encontra o Rio Grande do Norte, com deficiências em vários setores da administração, Kelps Lima, do Solidariedade, acredita que falta um tripé para o Estado funcionar bem, formado por uma moderna gestão pública, plano de desenvolvimento econômico e a cobrança constante da sociedade, para que os dois primeiros elementos sejam cumpridos. “Na hora que a sociedade exigir dos candidatos o compromisso de que farão uma gestão moderna e com um plano de desenvolvimento econômico, eles terão que falar sobre isso, ao invés de tanta conversa e exposição sobre alianças e acordos políticos. As conversas políticas são importantes, mas defendo que ações em benefício de uma gestão moderna, com o Estado desenvolvido economicamente, surtem um efeito infinitamente melhor na vida dos cidadãos”.

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