Psicólogo
varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio
Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo
social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri
que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
Nota
de um Gari apodiense: Estou te enviando esta matéria porque achei importante, e pra que
algumas pessoas da nossa sociedade vejam que ser GARI não é o que muitas
pensam, nos somos gente e ser humanos também.
Faço
isso porque no momento nos estamos passando por situações em que somos tratados
com ninguém, como uma coisa como esta na matéria, e que muitas pessoas da nossa
cidade nos tem tratado assim.
Depois
da eleição da nova geração, criou-se um blablabla na cidade de que os garis não
trabalham, e depois da pose do novo prefeito fomos feitos de bode expiatório e
fomos colocados a julgamento pela população, o onde fomos condenados pelos
crimes que não cometemos, ou seja, nos fizeram culpados da sujeira existente na
cidade e dai fomos tratados com xingamentos e desaforos.
Fomos
chamados de CACHORROS, MALANDROS, VAGABUNDOS, PREGUIÇOSOS e etc. Espero que
isto ajude a conscientizar nossa sociedade que somos trabalhadores dignos e
cumpridores dos nossos deveres e por isso justificamos nossos salários.
Talvez seja pelo fato de agora os garis saírem às ruas, coisa que antigamente pouco acontecia (sem dizer que eram todos, mas uns 60% recebiam sem trabalhar ou pagavam pra outra pessoa fazer a tarefa)
ResponderExcluir"Talvez seja pelo fato de agora os garis saírem às ruas, coisa que antigamente pouco acontecia (sem dizer que eram todos, mas uns 60% recebiam sem trabalhar ou pagavam pra outra pessoa fazer a tarefa)"
ResponderExcluirO autor deste comentário ajuda a comprovar todo o pensamento revelado pela pesquisa do psicólogo que fingiu ser gari. Rsrrsrs...é incrível como as pessoas, que se dizem seres humanos mais inteligentes que outros, são tão mesquinhas e preconceituosas.
Quanto a não ver gari nas ruas de Apodi, desafio a qualquer um que queira ser se puder fazer outra coisa? Aliás, essa DESVALORIZAÇÃO, não é de agora, é de sempre e não é só aqui. Esta aí a pesquisa pra comprovar. Infelizmente, o governo da LIBERDADE continua com o mesmo desprezo: menos garis nas ruas e mais fiscais.
No governo de Pinheiro o gari era tratado como gente, tanto na secretaria, com direito a café da manhã, ceia de natal, lanches e principalmente respeito, Não adianta confundir´os que trabalham com os que não trabalham; são duas coisas diferentes; respeito é uma coisa, agora tratar os garis como cachorros tá errado, viu sub-secretário e fiscais da nova-velha geração.
ResponderExcluirGostaria de esclarecer que fomos chamados de cachorros pela sociedade, mas isso não tira a responsabilidade da secretaria e da nova gestão, ja que foram eles que incutiram na cabeça da população que nós não trabalhavamos, e é fato que o tratamento dado pelos gestores da secretaria é também horrível e humilhante.
ExcluirFingir ser gari virou moda!
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