segunda-feira, 17 de maio de 2010

Posição política

Aproveitando a justa evidência de minha pessoa, exponho o que significa realmente se dizer de esquerda, direita ou centro? Vamos aqui tentar responder sem cair em um dos chavões preferidos de cada um dos cantos (“o meu lado é lindo, o deles feio, chato e bobo”)। Apesar de ser uma delícia o maniqueísmo gostoso desse conflito, o assunto não se desenvolve entre um gole e outro. Indo para outra esfera lindamente intelectual, a lenga lenga dos especialistas com suas frases brilhantes em que “estão nubladas as diferenças” e as propostas “são de esquerda na campanha e de direita no poder” também não vão muito além.

Fica o cenário, mas, no final, não se chega a nenhuma conclusão। A gente viu o “primeiro governo de esquerda que chegou ao poder”; muitos acreditaram na “chance única de se fazer justiça social”; tantos outros bradaram que “a esperança venceu o medo”. Para encurtar a conversa, já que ninguém agüenta mais, os derradeiros dias estão bem parecidos com os outros governos, numa “sucessão de escândalos jamais vista”. E fico eu com essa barriga vazia, essa questão: mas -afinal- o problema está à direita, à esquerda ou ao centro?

Uma idéia genial aparece e -pimba-, toca ouvir o povão (contingente de quase 7 mil pessoas)। Qual não é a surpresa que nessa história de direita, esquerda e volver, a galera não tá lá muito preocupada? E tome especialista reclamando de “falta de informação geral”, de “um desconhecimento preocupante”, da “preferência por soluções simples”. Mas o que gerou a grita? Resumindo, o cenário se divide em: 47% que se diz de direita, 30% de esquerda e 23% de centro.

E qual o problema nisso? Bom, 87% daqueles canhotos adorariam ver rapazotes de 16 anos nas prisões entre outras preferências que deveriam ser exclusivas dos destros। Não o são, assim como a legalização da maconha, aborto, pena de morte ou Rota na Rua. No final, o lado importa pouco, diz o instituto, as opiniões são bem parecidas e esse perfil se fortificou nos anos noventa. Aliás, a juventude tem taxas de “conservadorismo” mais altas do que os velhinhos, veja só.

Estou ansioso que só para ver o resultado da festa da democracia. Vai lá, patrão, vai deixar seu voto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário