terça-feira, 23 de março de 2010

Anônimo disse... Sobre os nossos 175 de emancipação




Emancipação política do município de Apodi, 175 anos de existência da municipalidade. Propagaram festividades comemorativas, que está acontecendo hoje. Diga-se de passagem, medíocre, mórbida, sem vida, falta o entusiasmo da população. Mais também pudera, depois de 175 anos, ter a cidade que tem, não há muito o que se comemorar.

Uma cidade que tem aspecto de favela, de costumes de urbe medieval, com comportamento debilitado, esquizofrênico. Não tem o que comemorar. Não é preciso citar as ações ou omissões da administração pública municipal que desrespeitam que agridem, que afrontam e até subestimam a inteligência e a capacidade dessa juventude que faz um esforço incomensurável para se qualificar, se graduar em busca de um futuro que lhe dê arrimo, que lhe dê estabilidade social e econômica, que possa se estabelecer na vida com independência, com segurança, para poder constituir sua própria família. E o mais importante, poder ajudar a construir um Apodi que tenha a capacidade de se desvencilhar dos grilhões que emperram o seu crescimento socioeconômico.

Ah! Que pena - a UNIVERSIDADE - se tivéssemos um Prefeito, como o de Caraúbas. Ou mesmo, como o de Pau dos Ferros. Certamente, não estaríamos nos lamentando. Infelizmente o nosso povo ainda não aprendeu a pensar grande.


E, por não pensar grande, o nosso povo as vezes se confunde. Chega até a se entusiasmar com a área de cinco hectares que não sei quem doou para a construção do Campus da Universidade Estadual. Interessante. Nos Estados Unidos ou em qualquer outro País civilizado, quando se vai construir uma escola, a primeira coisa que eles projetam é a área destinada a prática de esportes. Cinco hectares é uma área razoável para ser utilizada para prática de esporte pelos universitários.

Não, decididamente não temos muito a comemorar। Dos cento e setenta e cinco anos temos apenas o descaso. O descaso do Matadouro por falta de higiene e condições de trabalho por não ter equipamentos adequados; descaso da Saúde pública por falta de assistência médica - preventiva e curativa - descaso nos serviços urbanos, ruas sujas e desorganizadas; descaso da educação, apesar da propagando enganosa.

Eu diria até, que fazem descaso da inteligência do povo। Há um adágio popular que diz: "os tempos mudam e com eles os homens".

Este adágio é muito machista. Por isso, podemos acrescentar: "e as mulheres também". Porque as mulheres - com raras exceções - são tão inteligentes quanto os homens. Elas também mudam. Finalmente, sem ter mais o que dizer, termino reafirmando que na realidade não temos muito o que comemorar nestes quase dois séculos de emancipação, apesar de todo o alarde que alguns veículos de comunicação fizeram, não passa de uma comemoraçãozinha de toque de alvorada e um bombardeio na aurora do centésimo septuagésimo quinto dia de emancipação do nosso município.

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