Falando sobre o projeto de Irrigação da Chapada do Apodi

Até esse momento assisti inerte a dezenas de afirmações sobre esse projeto de Irrigação da Chapada do Apodi, mas chega um momento que é necessário falar, e tenho propriedade para isso, pois hoje conheço essa Chapada sofrida rica e pobre ao mesmo tempo minuciosamente.

Ora, essas pessoas que hoje atacam o projeto a grande maioria se quer mora na Chapada, não conhece a triste realidade que vive o criador, o homem do campo, na verdade só conhecem de reuniões quando passam em seus carros luxuosos com ar condicionado ligados, fazendo mais poeira para os nossos sofridos agricultores, que visualizam centenas de hectares de terra, mas seca sem nem uma perspectiva.

Até agora não vi ninguém falando que o projeto em sua essência é voltado em cerca de 85% para os pequenos agricultores, e que um grupo de moradores da Chapada esses sim legitimamente lutaram para algumas adequações, tais como a prioridade da aquisição dos lotes pelos desapropriados, e outra a manutenção de povoados que estão já com vida fixadas e o que julgo mais importante a comercialização desses lotes apenas para outros pronafianos que em sua maioria são agricultores pequenos, oriundos da agricultura familiar.

Afirmar que o projeto é da morte é fácil, mas até agora não visualizei um porque, até porque a maioria dessas pessoas que assim adjetiva o projeto, tem água, moram no Vale e outras regiões, e se escondem por trás de uma instituição de forma monarquista a mais de dezesseis anos, o que para mim já no mínimo um contrassenso.

Morte é que estamos vivenciando, morte dos animais, morte do sentimento do agricultor, isso sim é morte.

Não sou contra o tal projeto, nem o vejo como a redenção da Chapada do Apodi, mas tenho certeza que pior do que está agora não fica, porque outro ano de seca devastaria toda nossa Chapada, mas tenho comigo uma ideia formada que quem muito critica é porque tem segundas e ruins intenções, ou do contrario não conhece de fato a realidade da Chapada do Apodi.