É absolutamente vital saber distinguir o inimigo do adversário. Os dois são muito diferentes entre si. Enquanto o adversário contenta-se em derrotá-lo, o inimigo só encontra paz destruindo-o.
A política, por sua inescapável natureza competitiva, e mais ainda pela publicidade que assume, é um campo de atividades onde proliferam adversários e inimigos. Só não tem adversário ou cria inimigos quem é politicamente inofensivo. Os que têm ambição e lutam por seus objetivos por certo terão adversários e talvez, ao longo da carreira, adquiram inimigos.
Não é preciso gastar tempo para analisar os adversários: são participantes do jogo da política, competidores por vezes duros e até desleais, mas o que desejam é vencer a eleição e ocupar o cargo. Não os move o ódio pessoal, nem o desejo de destruição, que são sentimentos exclusivos dos inimigos. Já sobre estes sempre há muito o que falar e ainda mais para aprender. Inimigos podem surgir na vida pessoal e ser transportados para a política - ou podem surgir nesta própria área. Não importa a origem: o inimigo alimenta sempre um sentimento negativo para com você.
Texto de Dr. Marco Aurélio Gonzaga, advogado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário