O professor e ex-juiz eleitoral, Nilo Ferreira, afirmou que o maior ganho nas Eleições 2012 foi a execução, pela primeira vez, da Lei da Ficha Limpa, que impede que pessoas envolvidas em atos de corrupção se candidatem a algum cargo político.
“A lei é necessária e relevante, apesar de discordar da forma que ela é usada”, disse. Em entrevista a edição desta sexta-feira (26) do Jornal 96, ele defende que as escolas deveriam ensinar aos alunos como votar de forma consciente e assim, evitaria que pessoas criminosas fossem eleitas.
Ferreira argumenta que a lei deveria também punir os partidos que aceitam esses candidatos “fichas sujas”. “Nós não temos partidos políticos, mas tribos no qual vale a opinião de um cacique”, analisa o ex-juiz eleitoral.
Além disso, ele defende que a Ficha Limpa deveria ser um pouco mais rigorosa e que houvesse mudanças no Código Eleitoral do Brasil.
Sobre o coeficiente eleitoral, ele afirma que isso é o único método para que a minoria da população seja representada na Câmara Municipal. No pleito de 2012, dois vereadores foram eleitos graças a esse coeficiente, que foi Sandro Pimentel e Marcos, ambos filiados ao PSOL.
O ex-juiz comentou sobre a eleição dos candidatos Edivan Martins (PV), atual presidente da Câmara, e Cláudio Porpino (PSB). Eles vão ficar no lugar de Raniere Barbosa (PRB) e George Câmara (PC do B). Motivo para essa reviravolta seria infidelidade na coligação, uma vez que um determinado estava em duas chapas ao mesmo tempo.
Na opinião de Nilo Ferreira, o partido, ao entrar numa determinada coligação, tem que agir com responsabilidade e serenidade.
Fonte: Lara Paiva/Nominuto
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