Cidadãos Altruístas, como identificá-los?

Como dizia o saudoso Tancredo Neves: “A cidadania não é atitude passiva, mas atividade constante em favor da comunidade.”

O cidadão comprometido com a sua comunidade renuncia muitas vezes aos seus próprios anseios em benefício do interesse coletivo, isso se chama altruísmo uma qualidade que não pode faltar naqueles que se dispõe a servir a coletividade.

Dentre os filhos de Soledade ou de outros que para cá vieram, já tivemos alguns exemplos de altruísmo que merecem ser destacados, como é o caso das professoras: Antonia Alves de Lima (Dona Toinha, de saudosa memória) e Kakika com as quais aprendi as primeiras letras. Na área dos serviços sociais citamos Tia Rita, a nossa enfermeira, agente de saúde, promotora da cultura local e tantas outras qualidades. Citamos ainda o exemplo das nossas parteiras como Dona Engraça, (saudosa memória) Francisca Tenório e Mundica (saudosa memória) as quais, carinhosamente, chamávamos a todas de tia. Não tenho dúvidas que esses são exemplos de pessoas altruístas que, na maioria dos casos citados, prestavam os serviços mencionados sem uma remuneração adequada ou sem nenhuma remuneração.

Na história mais recente da comunidade citamos o caso da historiadora Dodora e sua luta pela preservação do nosso patrimônio histórico, cultural e ambiental juntamente com os meninos guias que encamparam uma luta sem precedentes para manter viva a memória histórica de nosso povo.

Na nossa trajetória política tivemos um exemplo muito interessante protagonizado por Geraldo Targino ex-vereador em nosso município, chegando inclusive à Presidência do Legislativo Apodiense. Recentemente Geraldinho, como é mais conhecido, poderia ter voltado à cena política com muitas chances de se eleger, pois podia contar com respaldo do pároco do município, não o fez para não inviabilizar outras candidaturas da comunidade. Isso foi uma atitude admirável e altruísta.

Agora chegou a vez dos atores sociais e políticos da atualidade dar demonstrações de altruísmo e aqui gostaria de abrir um parêntese para fazer um pedido de desculpas pelo modo como me referi ao pleito de 2008 de forma mais áspera no artigo anterior, é que fiquei sabendo que ofendi alguém, minhas sinceras desculpas, mas mesmo respeitando o direito democrático de cada cidadão de postular uma candidatura, essa não deve ser colocada de qualquer maneira, mas deve estar comprometida, acima de tudo, com a comunidade. Um pleito eleitoral não é uma maratona ou uma mera competição esportiva, onde se diz que o importante é competir. Não! Temos que entrar para garantir que uma ou mais vagas do Legislativo fique conosco e isso é plenamente possível, basta nos unirmos.

Quando digo – nos unirmos – me acho no direito de me incluir no grupo, com a intenção de somar, evidentemente, não me sinto em nenhum momento “vindo de fora” como já fui rotulado, afinal de contas sou neto do patriarca FRANCISCO TARGINO DA COSTA e filho orgulhoso do Sr. MANOEL TARGINO DE OLIVEIRA (BADU), então estou dentro, e tenho disposição pra colaborar. Entendo que temos as condições de revertermos a situação e voltarmos a ter voz na Câmara Municipal.

Por: Vandilson Targino – Tecnólogo em Administração Pública.