Município de Governador Dix-Sept Rosado larga na frente na busca de soluções para a indústria da cal.

Embora esteja com décadas de atraso, no que diz respeito a pensar políticas públicas capazes de oferecer soluções para os problemas de impacto ambiental causados pela indústria da cal, o município de Governador Dix-Sept Rosado, se antecipa aos seus vizinhos da chapada e busca soluções para socorrer essa atividade centenária, que contribui com a alavancagem da economia dos três municípios: Apodi, Felipe Guerra e Governador.

Os produtores da cal dos três municípios vêm enfrentando repressão pesada por parte do IBAMA, IDEMA e até do exército brasileiro e se não forem criadas políticas públicas emergenciais para o setor, que já está em colapso, este receberá o tiro de misericórdia e virá a óbito। Quem sentencia é Francisco Linduarte, diretor do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que avisa: quem não se legalizar vai fechar, principalmente aqueles que forem reincidentes, que terão como penalidade desde apreensão de caminhões até fechamento definitivo do forno de cal.

Nesta quinta-feira, às 8h30, no Plenário da Câmara Municipal de Governador, com a presença de autoridades ambientais, da Petrobras e Governo do estado e da prefeita Lanice Ferreira, será apresentado e assinado o primeiro de uma seqüência de Quatro planos de manejos florestais e num segundo momento serão assinados as ordens para instituição dos demais. A prefeita Lanice disse que a prioridade é legalizar a atividade e posteriormente serão implementadas as soluções discutidas e aprovadas no seminário que versarão sobre os temas: “a problemática da produção sustentável de energéticos florestais, com ênfase nos aspectos técnicos e legais da exploração e manejo da Caatinga, visando à sustentabilidade desse ramo industrial; a problemática do consumo de energéticos florestais, com ênfase nos aspectos tecnológicos de produção e eficiência energética. Serão discutidos ainda, instrumentos de políticas públicas apropriados, especificamente a assistência técnica florestal, tecnológica e o financiamento para inovações tecnológicas, como também discutir o potencial florestal dos Projetos de Assentamento da Reforma Agrária, existentes na região.” (Gazeta do oeste).

Essas medidas visam a legalização da questão do combustível das 70 caieiras do município, que chegam a queimar 40 carradas de lenha por mês cada.

Isso significa, na prática, que o município de Governador propiciará ao setor produtivo da cal, as condições de trabalho, tão almejada e, conseqüentemente ajudará a abrir os mercados consumidores do produto, que também estão atentos a essa questão de responsabilidade socioambiental.

Nos municípios de Apodi e Felipe Guerra são cerca de 50 fornos (caieiras), que precisam do mesmo tipo de medidas adotadas em Governador, o que se espera é que os poderes executivos e legislativos municipais tenham vontade política de resolver essa problemática. A receita está sendo dada por Governandor.


Por: Vandilson Targino