Coordenador de transportes não paga a condutor da moto, e menina Letícia fica mais uma vez sem aula

Na manhã de hoje fui procurado pelo padrasto da menina Letícia da Lagoa do feijão Clesivan e por sua esposa Oscarina, mãe da menina, simplesmente indignados com a atitude do Sr। Cimar de Benedito, coordenador dos transportes escolares em nossa cidade.

A secretaria de educação local, através de sua titular Mara, havia resolvido aparentemente o problema, colocando uma moto para locomover Letícia, até o carro que faz o transporte dos alunos, até aí tudo bem, mas até agora o condutor da moto, só fez trabalhar, porque receber que é bom nada।

O aspecto de desânimo dos pais e da menina com quem conversei, esta manhã é de cortar coração de verdade, pois uma coisa mínima não é resolvida por esta atual administração।

Pra piorar e quase chorando a garotinha Letícia nos informou que sua bicicleta, não está funcionando, pois um veículo acabou passando por cima dela, por isso a garotinha se quiser ir pra aula, tem ser a pé mesmo।

Diante de tantos gastos que acompanhamos através de tantos gastos que acompanhamos no Diário Oficial, me revolta ver uma criança nesta situação, por falta ação de gestores que foram eleitos pelo nosso povo. Ah, Letícia aí cabe muito bem o slogan da nossa atual gestão. “Forte como seu povo”.

Para você que não lembra do caso da garota Letícia, leia abaixo toda matéria, publicada no Blog Vereadores em Ação, isso no mês de junho:


Imagine uma criança de 6 anos de idade que mora na zona rural e que sai de casa todos os dias às 6h da manhã, de bicicleta e só retorna ao meio dia. Essa garota que percorre seis quilômetros (ida e volta) para freqüentar a escola chama-se Letícia e mora na Lagoa do Feijão, comunidade localizada na Chapada.

Morando numa comunidade rural, enfrentando todas as dificuldades para ter acesso à escola, Letícia poderia muito bem ser mais uma criança a engrossar as estatísticas do analfabetismo no Brasil। Mas, ela é uma garota especial e demonstra uma crença inabalável de que somente através da educação poderá mudar sua trajetória de vida.

Alimentando o sonho de aprender a ler, Letícia reclama de dores nas costas por carregar a mochila por seis quilômetros, enquanto pedala a bicicleta, mas não demonstra qualquer sinal de que desistirá da sua árdua missão। Quando perguntada sobre o porquê de não desistir de ir à escola, ela prontamente responde: “pra ficar sabida!”

A história dessa garotinha encantadora foi contada a todos os que ouvem a Rádio Lagoa FM, de Soledade, há cerca de dois meses, quando o pai dela esteve na emissora para pedir aos vereadores que solicitassem à secretaria municipal de educação para que o transporte escolar que leva os alunos até a comunidade de Lagoa Vermelha (antigo terreno dos Adriãos) pudesse ir até a Lagoa do Feijão, para pegar Letícia।

Segundo ele, a mãe de Letícia, Oscarina Paiva, já havia participado de uma reunião de pais e alunos, na qual participavam também a prefeita Goreti Silveira e a secretária de educação Mara Marlizete e pediu que o carro fosse até a Lagoa do Feijão para transportar Letícia, mas a prefeita alegou que não poderia fazer nada, pois não tinha como aumentar o percurso do carro, para beneficiar somente uma criança।

Essa versão foi confirmada por Oscarina ao presidente da câmara, João Evangelista, em visita feita pelos vereadores à comunidade onde Letícia mora। Ele ficou impressionado com a história dessa garota decidida a estudar a qualquer custo. “Acompanhamos o percurso feito por ela, no qual enfrenta lama, mato fechado e gado bravo, entre outros obstáculos normalmente intransponíveis para uma criança de 6 anos”, relata.

Quando não está na escola, Letícia ajuda a mãe nas tarefas domésticas, mas o que ela gosta mesmo de fazer, é estudar e indaga: “Por que as pessoas não entendem que eu preciso estudar?” Cuidadosa com os livros, ela mostra um volume que quase ficou estragado por causa da chuva e revela: “Adoro a Tia”, referindo-se à professora Lucineide.

Decidida, inteligente e cativante, Letícia impressiona pela desenvoltura, apesar da idade, e pela firmeza no propósito de estudar, direito básico que lhe está sendo negado. “A gente fica sensibilizado quando conversa com essa garotinha doce, mas decidida e que acredita na educação como a única forma de sair daquela situação em que vive”, emociona-se o vereador Genivan Varela.


Fonte: Vereadores em Ação