terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ferramenta virtual vai mapear posts ofensivos em redes sociais

A ferramenta ainda está em fase de testes e deverá ser lançada até o final de novembro
Uma ferramenta virtual capaz de fazer uma cartografia das publicações em redes sociais envolvendo minorias será lançada até o final deste mês. O dispositivo, até então nomeado Painel dos Direitos Humanos, poderá ajudar na identificação de casos de violações de direitos humanos, monitorando mensagens de ódio. Segundo os desenvolvedores, o objetivo do mecanismo é contribuir para o empoderamento das minorias sociais. 

A ferramenta é resultado de um convênio entre a antiga Secretaria de Direitos Humanos (atual Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos) e o Laboratório de Internet e Cultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo. O desenvolvimento do aplicativo, que ainda está na fase de testes, mobilizou cerca de 30 pesquisadores do Labic durante um ano. 

A versão 2015 da ferramenta está focada no mapeamento de postagens sobre negros, indígenas, mulheres e LGBT. A ferramenta integra 15 diferentes softwares que permitem visualizar, no mapa do Brasil, os estados em que as mensagens se concentram e filtrá-las por tempo de publicação: nos últimos 15 dias, sete dias, 24 horas ou mais recentes. A coleta é feita por algoritmos a partir de termos previamente selecionados, como “punição”, “agressão”, “racismo”, “justiça”, “machismo” e “empoderamento”. As palavras são buscadas em publicações do Facebook, Twitter e Instagram. A expectativa da equipe envolvida na elaboração do Painel é de que as interações nas redes sociais possam contribuir para a elaboração de políticas públicas na área. “Tivemos um trabalho muito grande de análise de publicações ao longo do ano e a partir dessas publicações a gente conseguiu montar um universo de palavras que servem para conduzir a análise automática via computação das publicações online em tempo real”, explica o professor Fábio Gouveia, um dos coordenadores do Labic. 

Via Congresso em Foco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário