Esta semana, os Vereadores em Ação foram procurados pelo presidente da Associação do Assentamento Baixa Verde IV, Isaías Guimarães para falar dos problemas da sua comunidade, mas principalmente, para fazer uma grave denúncia envolvendo a Secretaria Municipal de Agricultura, cujo resultado foi uma revista policial na comunidade e uma declaração vergonhosa do secretário: “Só disse o que me mandaram dizer”, confessou Eron Costa।
De acordo com relato do presidente, a Associação conseguiu, através do DNOCS, a perfuração de um poço tubular naquela comunidade। A máquina de perfuração veio cavar o poço, mas a primeira tentativa deu desabamento. Mudaram de local e conseguiram perfurar 35m, onde daria uma boa vazão de água, quando faltou combustível para dar seqüência ao serviço.
O presidente da Associação procurou a secretaria de Agricultura e conversou com o secretário Eron Costa, que propôs um acordo de repassar 10 mil reais para Associação, em troca da cessão da máquina, para cavar quatro poços na região da Pedra। Com o dinheiro, eles contratariam uma empresa que faria a perfuração. O acordo foi feito e a máquina foi retirada imediatamente da Baixa Verde, para as comunidades onde iria perfurar os poços e a empresa de perfuração foi contratada pelos moradores de Baixa Verde.
Isso aconteceu há um mês e até o momento, o dinheiro não foi repassado à associação, para que os trabalhos de perfuração fossem feitos, mas a máquina do DNOCS já perfurou quatro poços na região da Pedra, enquanto os moradores de Baixa Fechada IV continuam sem um poço para abastecê-los। E a novela não se resume à falta de compromisso do secretário de Agricultura que ao ser procurado e cobrado por Isaías, se limitou a dizer que estava seguindo ordens. O caso resultou em uma revista da polícia nas casas dos moradores do assentamento, a pedido do DNOCS.
O representante do DNOCS acionou a polícia na tentativa de recuperar a bomba que está sendo utilizada pela comunidade num outro poço, para dar água aos animais e abastecer as residências। Para garantir a perfuração dos 35m do poço, foram gastos com 45 diárias, o valor de R$ 3.825,00 que a associação tinha adquirido através do SEARA, a Fundos Perdidos, para comprar uma bomba e os canos. “Sem recursos para instalar o poço e sem que a prefeitura cumprisse o prometido, resolvemos ficar com a bomba”, conta Isaías.
“Quando a polícia chegou na comunidade revistando tudo e encontraram a bomba, contamos a situação e o Capitão Carvalho nos deu razão e resolveu não levar a bomba”, relata Aparecida Basílio, esposa do presidente da Associação, revoltada com o constrangimento pelo qual os moradores passaram com a revista policial। “Fomos tratados como bandidos”, conclui.
E a novela promete render novos capítulos, pois os moradores da comunidade procuram o presidente do Sindicato Rural, Edilson Neto, que primeiro procurou o secretário Eron, do qual ouviu o absurdo de que só disse o que lhe mandaram dizer। Depois, procurou o presidente da Câmara, João Evangelista para saber quais as providências a serem tomadas. E o caso já foi encaminhado às autoridades competentes, em Natal, através de Hugo Manso.
“A situação da comunidade é muito difícil, porque além da falta d’agua, eles também enfrentam problemas como a falta de iluminação e a falta de estrutura na escola multiseriada que existe lá”, constata Evangelista. Segundo Isaías, falta merenda e um banheiro para ser utilizado pelos alunos que usam o da casa da professora. Enfim, problemas que no momento são comuns a todas as comunidades rurais do município.
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