segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Confronto de servidores em greve com polícia resulta na prisão de dois sindicalistas

A terceira semana de greve dos servidores da saúde e dos professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) teve início nesta segunda-feira (27) com mais um confronto entre grevistas e a polícia, que resultado na prisão de dois sindicalistas.

O confronto ocorreu na porta do Detran-RN, no final da manhã. Os sindicalistas ligados ao comando da greve unificada da Saúde/Uern foram apoiar a paralisação dos servidores do Detran-RN, que deflagraram greve na semana passada. Impedidos de entrarem para o pátio da sede do órgão, os servidores forçaram o portão e foram surpreendidos pela polícia.

Os gritos de protesto, empurra-empurra e resistência dos manifestantes, levaram a polícia usar a força. Os sindicalistas Rosália Fernandes e João Assunção foram detidos por “desobediência e resistência”, segundo a informação da assessoria jurídica do Sindsaúde.

Na semana passada, no momento da desocupação do prédio-sede da Secretaria de Planejamento (SEPLAN), no Centro Administrativo, em Natal, a polícia usou bomba de efeito moral e spray de pimenta no confronto com professores da Uern e servidores da saúde. O caso repercutiu em todo o País, com as imagens em destaque nas emissoras de televisão.

Os protestos não vão parar, segundo os sindicatos de servidores público. A próxima ocupação está marcado para esta terça-feira (28) na sede da 12a Diretoria Regional de Educação (DIREC), em Mossoró. A mobilização está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE-RN).

Os confrontos dão a dimensão da crise entre Governo do Estado e os servidores das categorias em greve. Não há diálogo, nem perspectiva de solução para o problema.

Os grevistas reclamam atraso de salários, que vem se arrastando desde janeiro de 2016, e a falta de um calendário de pagamento que assegure a atualização e os meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro.

O governador Robinson Faria (PSD) diz que não tem dinheiro para atualizar o pagamento, nem tem previsão otimista. Para piorar, o Tribunal de Justiça do Estado já determinou o governo a atualizar o duodécimo do Tribunal de Contas (TCE-RN) e do Ministério Público Estadual (MPRN), o que “varrerá” os cofres públicos e, por gravidade, agravará a situação dos servidores.

O Governo do Estado deve R$ 318 milhões aos poderes, com duodécimo acumulado desde julho. Sem solução, as instituições acionaram a Justiça para ter respeitado o direito constitucional.

Fonte: Blog Do Cesar Santos/Jornal De Fato

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