quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Distrito de Soledade mais uma vez é esquecido pelos poderes constituídos do município de Apodi.


O Distrito de Soledade, como é do conhecimento de todos, tem muitas potencialidades já bastante discutidas, por políticos de todas as esferas do poder. Entretanto entra ano e sai ano e ninguém move uma palha para trazer solução para nenhum dos problemas que afligem essa comunidade.

Entre 2006 e 2008, a sociedade civil do Distrito inconformada com o descaso histórico criou o movimento “Soledade Cidade” que levantou bandeiras em prol da melhoria da qualidade de vida da comunidade. Esse movimento mobilizou também a classe política do município, em sentido contrário, com o claro objetivo de desarticular o movimento acima mencionado. Viabilizaram uma reunião onde nunca se viu tanto político no Distrito, a não ser em época de campanha política. Sob o pretexto de discutir as potencialidades do município compareceram Deputados Federais, Deputados Estaduais, Secretários de Estado, Secretários Municipais, Prefeito Municipal, Pré-candidatos à Prefeitura, Superintendente do SEBRAE, Diretor da Agencia de Fomento do Estado, dentre outros, todas essas autoridades sob a batuta do então presidente do Fórum das Entidades, professor Flaviano Monteiro. Esperava-se que da tal reunião se extraísse um documento propondo soluções para a problemática da cal, o assunto mais discutido na pauta, entretanto como já se esperava nada foi feito até hoje.

Estamos terminando 2009 e a inércia continua inclusive da Câmara Municipal que se diz renovada, mas que até agora com relação à Comunidade de Soledade não disse à que veio. Em 22 de agosto de 2008 o Jornal Tribuna do Norte noticiava que seria apresentado um projeto para melhoria da cadeia produtiva da cal na região do Apodi aos empresários locais, o local seria a Câmara Municipal de Apodi. A apresentação seria feita pelo Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae RN) e o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai RN). As duas instituições iriam mostrar um diagnóstico da produção para a região com o objetivo de buscar as possíveis soluções para os principais problemas enfrentados pelo setor: custo, rendimento e falta de uma consciência ambiental. A iniciativa já teria sido aprovada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Governo Federal que destinará R$ 100 mil para ampliar as ações.

Hoje, se sabe que os impactos ambientais gerados pela queima da lenha podem ser resolvidos com uma solução barata, economicamente viável e ambientalmente correta que seria o manejo florestal. Na outra ponta, os impactos ambientais gerados pela extração da rocha calcária, podem ser resolvidos com a instalação de bancadas para a extração vertical com o auxílio de compressores e outros equipamentos complementares.

Os produtores da cal do distrito, já estão fazendo a sua parte, resolvendo um dos gargalos que seria a formalização de suas empresas, agora está mais do que claro, que o maior problema é político, ou melhor a falta de vontade política। Conclamamos a nossa classe política, prefeita municipal, presidente da Câmara Municipal, Ministério Público, OAB e outras entidade de classe a constituírem parcerias com o SEBRAE, SENAI, Banco do Brasil, Petrobras e quem mais estiver disposto a ajudar. Por fim, pedimos àqueles que não quiserem ajudar, não atrapalhe.

Associação dos Produtores da Cal e Representantes da Sociedade Civil Organizada

Por. Vandilson Targino

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