quinta-feira, 3 de março de 2016

Empresário dá calote em mais de 100 funcionários e operação do site Fato Online deve ser encerrada

Depois de não receberem os salários relativos a dezembro, janeiro, fevereiro e 13º, a equipe de redação do site Fato Online resolveu paralisar as atividades na noite de segunda-feira, 29. De acordo com informações apuradas pela reportagem do Portal Comunique-se, a decisão de entrar em estado de greve aconteceu após todos os jornalistas do veículo concluírem que o calote por parte do empresário amapaense Silvio Assis, idealizador do projeto, é irreversível. Anunciando ter dado “um passo maior que as pernas” e admitindo problemas financeiros, com risco de despejo da sede em Brasília, o dono deve encerrar as atividades do portal.

Editor-chefe do Fato Online no lançamento do projeto, em março de 2015, e que ultimamente atuava como colunista, o jornalista Rudolfo Lago usou a página que mantém no Facebook para comentar a situação enfrentada pelos mais de 100 profissionais que fizeram parte do veículo até o início desta semana. “Talvez precisasse mesmo ser num dia bissexto para bem marcar o fim de um sonho, o fim de uma ilusão”, lamentou em post divulgado na noite da segunda. “É o fim de um drama que estamos vivendo desde o final de novembro”, prosseguiu, antes de ressaltar que o domínio segue no ar, mas apenas reproduzindo conteúdo adquirido da Agência Estado e de outros sites.

“Antes de entrarmos em greve, recebemos duas contrapropostas que vão aos píncaros do absurdo. Na primeira, nos sugeriram virarmos ‘sócios cotistas’ do Fato Online: pela proposta, aceitaríamos deixar para lá o passivo que temos e passaríamos a receber como ‘pro labore’ dois terços dos salários previstos nos nossos contratos a partir daí e possível participação nos lucros. Mesmo assim, não seria uma proposta para todos, porque o empresário, Sílvio Assis, admitia que tinha errado na gestão da empresa”, relatou Rudolfo, que também repercutiu a outra proposta sugerida: “não viraríamos sócios, e o passivo seria pago em ‘dez vezes’, a partir do dia 20 de março”.

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