O distrito irrigado que o PMDB, através do DNOCS está querendo impor na Chapada da Apodi é inviável economicamente, tecnicamente e ambientalmente falando. Contraria todos os princípios da lógica, fere diretamente a vontade popular, o cidadão de Apodi.
A opinião é do professor/doutor João Abner Guimarães, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que foi convidado pelos pequenos produtores rurais de Apodi para auxiliá-los fazendo um estudo a respeito da possibilidade de irrigar a chapada.
Primeiro João Abner destacou que tecnicamente não tem como a Barragem de Santa Cruz ter água para irrigar 5, 9 ou 13 mil hectares em local nenhum e é por um fator simples e fácil de entender. A barragem tem capacidade de fornecer 4 metros cúbicos de água por segundo.
Sendo que destes 4, 1 é reservado a questão ambiental, o outro para abastecimento humano, ficando 2 metros cúbicos por segundo para irrigar na Chapada do Apodi. Observe que 2 metros cúbicos dão apenas para irrigar no máximo 2,5 mil hectares.
Ou seja, tecnicamente não é possível.
Do ponto de vista econômico, João Abner explicou que é economicamente inviável transpor água para uma altura superior a 60 metros. A Chapada do Apodi, para onde o PMDB quer impor, através do DNOCS instalar o distrito irrigado fica 80 metros de altura. Logo, o custo da energia para abastecer os canais deste distrito seriam bem altos.
Do ponto de vista ambiental e saúde pública, quem sustenta a tese é a também professora/doutora Raquel Rigotto, pesquisadora da Universidade Federal do Ceará. Ela disse que o veneno usado pelo agronegócio está matando as pessoas e no caso da Chapada do Apodi, seguindo o exemplo do distrito irrigado do Ceará, vai destruir a natureza.
É imoral e inaceitável o fato do DNOCS do PMDB está querendo desapropriar 150 pequenas propriedades, inclusive áreas de assentamento rural para entregar estas áreas para grandes empresas do agronegócio produzir frutas usando agrotóxicos.
Digamos que o PMDB consiga impor, através do DNOCS, a instalação do Distrito, será que o cidadão de Mossoró e também de todo o Alto Oeste sabe que vão pagar parte da energia usada pelas empresas de fruticultura que vão atuar no distrito, assim como acontece no assentamento “modelo” no Estado do Ceará?
A solução apresentada pelos pesquisadores e também dos agricultores de Apodi, é transpor os 2 metros de água por segundo disponível na Barragem para distritos irrigados na região da Varzea, beneficiamento também território do município de Caraúbas.
Se o PMDB insistir com este investimento de R$ 280 milhões, numa obra que vai prejudicar a todos e ainda, segundo João Abner, representa uma falência total do sistema de controle do Estado. “Como o IDEMA licenciou este distrito irrigado sabendo de tudo isto?”
A opinião é do professor/doutor João Abner Guimarães, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que foi convidado pelos pequenos produtores rurais de Apodi para auxiliá-los fazendo um estudo a respeito da possibilidade de irrigar a chapada.
Primeiro João Abner destacou que tecnicamente não tem como a Barragem de Santa Cruz ter água para irrigar 5, 9 ou 13 mil hectares em local nenhum e é por um fator simples e fácil de entender. A barragem tem capacidade de fornecer 4 metros cúbicos de água por segundo.
Sendo que destes 4, 1 é reservado a questão ambiental, o outro para abastecimento humano, ficando 2 metros cúbicos por segundo para irrigar na Chapada do Apodi. Observe que 2 metros cúbicos dão apenas para irrigar no máximo 2,5 mil hectares.
Ou seja, tecnicamente não é possível.
Do ponto de vista econômico, João Abner explicou que é economicamente inviável transpor água para uma altura superior a 60 metros. A Chapada do Apodi, para onde o PMDB quer impor, através do DNOCS instalar o distrito irrigado fica 80 metros de altura. Logo, o custo da energia para abastecer os canais deste distrito seriam bem altos.
Do ponto de vista ambiental e saúde pública, quem sustenta a tese é a também professora/doutora Raquel Rigotto, pesquisadora da Universidade Federal do Ceará. Ela disse que o veneno usado pelo agronegócio está matando as pessoas e no caso da Chapada do Apodi, seguindo o exemplo do distrito irrigado do Ceará, vai destruir a natureza.
É imoral e inaceitável o fato do DNOCS do PMDB está querendo desapropriar 150 pequenas propriedades, inclusive áreas de assentamento rural para entregar estas áreas para grandes empresas do agronegócio produzir frutas usando agrotóxicos.
Digamos que o PMDB consiga impor, através do DNOCS, a instalação do Distrito, será que o cidadão de Mossoró e também de todo o Alto Oeste sabe que vão pagar parte da energia usada pelas empresas de fruticultura que vão atuar no distrito, assim como acontece no assentamento “modelo” no Estado do Ceará?
A solução apresentada pelos pesquisadores e também dos agricultores de Apodi, é transpor os 2 metros de água por segundo disponível na Barragem para distritos irrigados na região da Varzea, beneficiamento também território do município de Caraúbas.
Se o PMDB insistir com este investimento de R$ 280 milhões, numa obra que vai prejudicar a todos e ainda, segundo João Abner, representa uma falência total do sistema de controle do Estado. “Como o IDEMA licenciou este distrito irrigado sabendo de tudo isto?”
Por: Cesar Alves
Portal: No Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário