Ciente da mudança da cúpula do Comando da Polícia Militar, anunciada pelo governador Robinson Faria na última quinta-feira, 21, a Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte (ASSPMBMRN) defende que os profissionais da segurança pública não podem ser responsabilizados pela onda de violência instalada no Estado, conforme alega o governo.
De acordo com o presidente da ASSPMBMRN, Eliabe Marques, os militares enfrentam condições precárias de trabalho, como unidades policiais insalubres, presídios em situação alarmante e material de trabalho sucateado.
“Não é raro encontrar homens que tiram dinheiro próprio bolso para consertar viaturas. O policial é um verdadeiro herói e carrega a segurança pública nas costas”, revela o sargento. Eliabe Marques adiciona que o sistema de segurança pública do RN é composto por várias instituições, entre elas a polícia judiciária na qual os crimes não são elucidados, o sistema prisional deteriorado e sem mais vagas nos presídios, além de um poder judiciário e leis muito flexíveis e morosas aos que as infringem.
Como exemplo, ele cita o caso mais recente de assassinato da universitária de 19 anos Maria Karolyne Álvares, alvejada em um assalto por Claudio Moura da Fonseca, que foi absolvido e solto pelo Ministério Público em dezembro de 2015 após ter sido capturado pela POLÍCIA MILITAR em um assalto no município de Touros. “Os militares fizeram a sua parte ao prender o bandido, mas não foram estes que o libertaram posteriormente”, pondera o presidente da ASSPMBMRN.
Fonte: Jornal De Fato.
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