quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Política de preços da Petrobras pode levar a demissões no Rio Grande do Norte

A política de preços adotada pela Petrobras não é motivo de reclamação apenas por parte dos consumidores. Os seguidos reajustes nos preços da gasolina e do diesel estão desagradando até os proprietários de postos de combustíveis.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (SINDIPOSTOS/RN) emitiu nota em que afirma que abrir um posto de combustíveis não é mais uma garantia de lucro.

Segundo o sindicato, todo ano 16 postos encerram as atividades no estado. “A baixa lucratividade, em razão das modificações diárias de preços imputadas pela Petrobras, repassadas imediatamente pelos distribuidores aos postos revendedores de combustível, além das diversas exigências dos órgãos fiscalizadores do setor, revelam que de um total de 596 postos existentes no Rio Grande do Norte, 16 não resistem e encerraram as atividades ano após ano”, destaca a nota.

O Sindipostos/RN critica a nova modalidade imposta pela Petrobras, que alterou o sistema de reajuste da gasolina e diesel, passando a alinhar os preços nacionais segundo a variação do dólar e dos preços do barril de petróleo e seus derivados no mercado internacional, que teria onerado o setor e aumentado as dificuldades de se manter um posto de combustível, “fazendo que os proprietários de postos revendedores reduzam seus custos operacionais ao limite máximo para a operação básica de seus empreendimentos”, acrescenta.

A dificuldade maior, segundo os administradores de postos, é segurar os preços, evitando acompanhar os reajustes da Petrobras.

Diante dessa política de reajuste, os postos já falam na possibilidade de demissões.

“Por enquanto, o revendedor está tendo cautela, está com esperança de que essa política vai mudar e está cortando outras despesas e segurando as demissões. Mas, com certeza, pode chegar a demissões”, alerta Cinthia Liane, administradora de uma rede de postos local.

Fonte: Jornal De Fato.

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