quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Detentos voltam a se enfrentar na penitenciária de Alcaçuz, no RN

Os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, voltaram a se enfrentar na manhã desta quinta-feira. Agentes penitenciários precisaram atirar balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para conter o confronto entre os detentos. O helicóptero da polícia também chegou a jogar bombas de efeito moral para tentar conter os presos.

A Polícia Militar faz o patrulhamento da área externa do presídio, para evitar fugas. As duas facções rivais da unidade, o Sindicato do RN e o Primeiro Comando da Capital (PCC), ficavam em áreas separadas da prisão. Nesta quinta, começaram a jogar paus e pedras entre si. A cada vez que avançam uma contra a outra, no entanto, a polícia age com tiros de bala de borracha para impedir o confronto direto. Um carro de mão foi utilizado pelos presos para carregar feridos. 

Segundo informação obtida pelo GLOBO, o governo do Rio Grande do Norte decidiu negociar com o PCC para tentar retomar ainda esta semana o controle da penitenciária estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. Uma delegada da Polícia Civil e um oficial da Polícia Militar foram designados para conversar com criminosos.

O objetivo da negociação era evitar novo confronto com o Sindicato do RN, bando local rival da facção paulista. A negociação deu certo até ontem, quando a tropa de choque da Polícia Militar entrou em Alcaçuz para fazer a transferência de um grupo de 220 detentos, ligados à facção local. 
A penitenciária tem capacidade para 620 presos, porém, abriga 1.140 pessoas, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). A unidade é composta por cinco pavilhões e tem 151 celas. 

Desde a tarde de quarta-feira, o Rio Grande do Norte é palco de uma onda de violência. Vinte e um ônibus, dois micro-ônibus, cinco carros de órgãos públicos, duas delegacias e um prédio público foram alvos de criminosos. Não há informação de pessoas feridas. Os atentados, a maioria incendiários, foram registrados em oito municípios. Ainda não se sabe se os ataques estão relacionados com a rebelião no presídio.

Fonte: Serrinha de Fato.

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