A falta de expectativa de encontrar um emprego é uma realidade para 178 mil potiguares que desistem de procurar trabalho no Rio Grande do Norte, por não ter esperança de encontrar o que procuram e são denominados de desalentados. Esses números correspondem ao 2° trimestre de 2018 e registram um aumento de 22,76% com relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicada pelo Ipea nesta quinta-feira (20), que avaliou os microdados extraídos da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo IBGE, relativos ao 2° trimestre deste ano.
As pessoas que não estão mais à procura de um serviço são chamadas de desalentadas e classificadas como fora da força de trabalho.
O coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, destacou que em um ano, caiu em cerca de meio milhão o número de pessoas desempregados no país. Em contrapartida, aumentou em 1,3 milhão o número de trabalhadores subutilizados.
“Esses dados revelam um mercado de trabalho que não está tão em evolução como quando observamos somente a desocupação”, disse o pesquisador.
Azeredo enfatizou que o número recorde de desalentados revela que o contingente de desempregados pode ser muito maior. Desalentado é aquele trabalhador que desistiu de procurar emprego, e isso não significa que ele recusaria uma vaga se lhe fosse oferecida; já o desempregado é aquele que está em busca de colocação no mercado.
“A taxa de desalento chega a ser pior do que a de desocupados, visto que essas pessoas saem do mercado de trabalho pela incapacidade do empresariado de absorver essas pessoas. Isso gera um falso dado de que o desemprego não está crescendo”, explicou.
As mulheres, parte da população da Região Nordeste, pessoas com baixa escolaridade, jovens adultos (de 18 a 24 anos) e pessoas que não são chefes de família são os grupos sociais que mais desistem de ingressar no mercado de trabalho ou retornar alguma ocupação para ter renda.
No RN, mais de 200 mil pessoas estão desempregadas, o que corresponde a 13,1% da população potiguar. Outro dado preocupante registrado na pesquisa é o da subutilização da força de trabalho, que no estado atinge 35,4%. Ou seja, cerca de 365 mil pessoas estão desocupadas ou estão subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.
Fonte: Jornal De Fato.
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