segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Mortandade em Mossoró não é caso de polícia. É falta de gestão

Mesmo sendo uma cidade materialmente rica, uma das mais prósperas do Brasil, Mossoró vem batendo recordes em um viés negativo, o de assassinatos. 175 este ano. Praticamente um a cada 48h.

A taxa de homicídios, maior que 58 por 100 mil habitantes, supera em mais que o dobro a média nacional, que é de 26,6 e bem distante da média de 10 assassinatos por 100 mil habitantes, aceitável pela ONU (Organização das Nações Unidas).

O município conta com 02 Batalhões de Polícia Militar (2º e 12º) e 08 Delegacias de Polícia Civil, e sofre pela falta de estrutura e pouco efetivo. Atualmente, cerca de 700 policiais se revezam na missão de promover segurança à população de Mossoró e outros 14 municípios circunvizinhos que, juntos, correspondem a uma população de quase 500 mil habitantes.

Do jeito que está, enquanto escrevo este artigo, outra vida está desparecendo de forma violenta. Infelizmente.

Minha primeira sugestão é que o tema seja tratado não como assunto de polícia, mas de GESTÃO PÚBLICA. Problemas de segurança não são resolvidos com ajustes pontuais. É necessário cumprir o ciclo inteiro: equilíbrio dos índices sociais, prevenção, policiamento ostensivo, policiamento investigativo (polícia civil e polícias técnicas), Ministério Público forte, Judiciário célere e eficaz, sistema penitenciário adequado, punição exemplar e ressocialização.

Mossoró é o segundo município mais populoso do RN com 284.288 habitantes (IBGE 2014), o primeiro em área com 2.099 Km² e um dos principais pólos econômicos do estado.

Quem está preocupado com o Rio Grande do Norte, precisa ajudar Mossoró. A cidade é maior do que sua representação geográfica. Ela é referência para o dia a dia também de outros vários municípios importantes do Estado. Se Mossoró não estiver bem, o RN todo padece.

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